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Adoção de cachorro especial: Thor e a jornada de amor da Gabriela

um cachorro encontrado em uma caixa
Thor quando foi encontrado!

Adoções transformam vidas — às vezes, em momentos que a gente menos espera. Na terceira história da nossa série sobre adoção responsável, quem fala é a própria fundadora da Garras e Bigodes e escritora desse blog, Gabriela, que compartilha o relato emocionante do Thor, um shitzu especial que virou parte essencial da família e, com seus passos incertos, mostrou o que é amar sem medidas.

Qual é seu nome, onde mora e com quem vive?

Meu nome é Gabriela, moro em Aparecida de Goiânia com meu namorado e minha sogra. Além da gente, a casa é cheia: temos seis cães e três gatos. A maioria é adotada, cada um com uma história diferente, todos com muito amor envolvido.



um cachorro shitzu deitado no chão
Thor em recuperação!

Quem é o pet que você adotou?

Falar do Thor é falar de superação e leveza ao mesmo tempo. Ele é um shitzu que hoje tem cerca de 7 anos. É muito carinhoso, sociável, ama um carinho, mas vive no mundo dele. Ele tem algumas limitações por conta do que enfrentou ainda filhote, mas isso nunca o impediu de ser alegre e afetuoso.


Como ele chegou até você?

Foi um dia comum, eu estava na loja Agroamigo, uma casa de ração. Ao sair, vimos uma caixa deixada na porta. Dentro, uma toalhinha, alguns remédios, e aquele filhotinho completamente debilitado. Ele estava tão pequeno que nem tinha os dentinhos formados. Descobrimos depois que ele estava com doença do carrapato. O estado era crítico. Eu e minha sogra não pensamos duas vezes: pegamos com a ideia de cuidar e doar depois. Mas a vida foi moldando outro caminho.



um cachorro em recuperação
Thor!

O que aconteceu depois que levaram o Thor para casa?

Ele chegou numa fase muito difícil da nossa vida. Estávamos sem condições financeiras, tudo muito apertado. Cuidar de um animal com aquele nível de fragilidade, sem poder pagar por internação, exigiu muito de nós. Foram dias e noites de cuidados intensivos, revezando entre remédios, alimentação e observação constante. A recuperação dele foi lenta, mas surpreendente. Mostrou uma força que a gente nem imaginava.


Ele ficou com alguma sequela? Como isso afeta o dia a dia dele?

Sim. A doença deixou sequelas neurológicas. Ele tem a visão muito comprometida: um olho não enxerga nada, e o outro enxerga muito pouco. Além disso, seus reflexos são lentos, a coordenação é desajustada. Ele gira bastante em círculos, tem dificuldade de andar em linha reta, principalmente quando está animado. Mas mesmo com isso tudo, ele se adapta com uma leveza admirável.

Thor gosta de roubar roupas sujas
Thor gosta de roubar roupas sujas!

Como é conviver com ele hoje?

É maravilhoso. O Thor é aquele tipo de cachorro que arranca risadas com suas

“trapalhadas”, mas também derrete corações com seu jeitinho carente. Ele tem mania de procurar carinho andando em círculos até encontrar uma mão que o acolha. Na hora do petisco, então, é uma festa! Ele se empolga tanto que perde ainda mais o rumo, mas nunca perde a alegria. O jeito desengonçado dele virou parte da rotina e faz todo mundo sorrir.



Ele convive bem com os outros animais?

Convive, sim. Todos já entenderam suas limitações. Os outros cães e gatos o respeitam e até ajudam, de certa forma, dando espaço. É bonito ver como os animais se entendem mesmo sem palavras. Ele nunca foi tratado diferente aqui, só com mais paciência e cuidado, como deve ser com qualquer ser vivo que precisa de um pouco mais de atenção.


Que conselho você daria para quem tem dúvidas ou receios sobre adoção?

Vai com o coração aberto. A vida nunca vai estar 100% preparada para um novo ser, mas às vezes é ele que vem curar o que a gente nem sabia que doía. O Thor chegou quando a gente menos podia, mas foi o que mais precisávamos. E, sinceramente, é ele que ensina pra gente sobre amor todos os dias. Mesmo sem enxergar, ele enxerga o que mais importa.

cachorro shitzu deitado no chão
Thor!

Adoção de cachorro especial é um ato de coragem e amor


O Thor é só um entre tantos que precisam de acolhimento. Ele sobreviveu ao abandono e à dor com a ajuda de quem não mediu esforços para amá-lo. E você também pode fazer parte disso.


Se você pensa em adotar ou quer indicar um pet para adoção, acesse nossa página com todas as orientações e cadastros necessários:👉 garrasebigodes.com.br/adocao-responsavel


E para quem quer se informar ainda mais sobre adoção de pets com deficiência ou histórico traumático, recomendamos:



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